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- Aproveitei o Decanter Wine Day para conhecer alguns dos vinhos e a própria Enoteca: uma ótima opção de happy hour ou esticada no Itaim. Confira os vinhos destacados e preços.
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Nesta terça-feira 04/09/2018 rolou o Decanter Wine Day em São Paulo: a Enoteca abriu suas portas para mais um evento de degustação de rótulos selecionados.
Apesar da noite fria e chuvosa, meu foco nessa degustação foram os vinhos mais leves. As dicas e os vinhos que se destacaram em cada categoria estão brevemente descritos abaixo conforme categorias: custo x benefício, surpresas e clássicos. Minhas usuais histórias sobre as castas, vinhos e produtores estão no podcast (aguarde).
Aproveitei a visita para conhecer o espaço no coração do Itaim, onde além da loja funciona wine bar com várias opções de vinho por taça e cardápio charmoso.
Custo x Benefício
Como diz um amigo meu: vinho bom de 400 reais é fácil. O desafio é encontrar os de 40! Realmente é um desafio, mas cheguei perto!
Bossa N°3 Rosé Brut (R$49,90)
Destaque na categoria vinhos inusitados por ser produzido com Pinotage – a cepa criada por cientistas na África do Sul em 1925 e que é a “eno-assinatura” do país. Mas esse aqui é brazuca da Serra Gaúcha (Vinícola Hermann) e leva, além da Pinotage, Cabernet Franc e Merlot. Sendo brut (9g/L de açúcar) tem mais chance de agradar maior gama de paladares. É fresco, despretensioso e com
precinho show.
Outro espumante interessante da mesma vinícola brazuca é esse da foto ao lado: o Lírica Crua (R$76,40), que é turvo por não ser filtrado – continua com as borras e pode ter um processo sur lie bem estendido, dependendo da sua paciência em guardá-lo. Se ainda não conhece bem essa história de sur lie e o processo de limpeza de espumantes, vale conferir esse programa.
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Recomendar vinho bom por 400 reais é fácil. O desafio é encontrar os de R$40!
Vivendo e aprendendo – as boas surpresas e curiosidades
Aproveito cada oportunidade de conhecer novos vinhos para descobrir esquisitões e outras curiosidades. Adoro um esquisitão ou uma surpresa. Meus destaques nesta categoria foram:
Vitovska Carso 2012 (R$ 390,90)
Vinho laranja, orgânico, elaborado a partir da variedade Vitovska. Eslovenos e italianos disputam a paternidade dessa variedade exótica, também conhecida como Grganja or Garganja. Esse aqui é produzido no Friuli italiano, na fronteira com a Eslovênia.Acidez alta, corpo médio que encara bem desde frutos do mar a carnes mais gordas. Aromas cítricos, toques iodados, final longo e azedinho. Boa pedida para apreciadores dos vinhos laranja mas não recomendado para “primeiras viagens”.
Bocciolo Lambrusco Grasparossa (R$ 93,90)
Nada a ver com o popular lambrusco que todos conhecemos – aquele frisante levinho, meio doce e sem graça. Lambrusco, que é tanto o nome de uma uva (uma família de uvas, na verdade) quanto o nome de 8 denominações de origem italianas, todas da região central, é o único ponto em comum entre este vinho e “aquele outro mais popular”. Esse é um Lambrusco Grasparossa DOC: cor púrpura intensa, levemente frizante e aromas de amora, framboesa, groselha e rosas. Um vinho coringa que combina bem com quase tudo (vai ficar melhor na primavera/verão).
Os Clássicos
Na linha dos clássicos, como era uma noite de vinhos leves, foquei na Pinot Noir – a cepa diva. Fugi dos franceses, que são ótimos mas costumam ter preços desproporcionais. Selecionei 2 argentinos opostos: um da Patagônia e um de Salta. Um duelo Sul x Norte.
Pinot Noir Altura Máxima 2014 – Colomé (R$ 581,60)
Diretamente dos vinhedos mais altos do mundos, mais de 3 mil metros acima do nível do mar. Apesar da amplitude térmica proporcionada pela altitude, esse pinot não esconde sua origem tropical: cor intensa, bastante extraído e concentrado, mais encorpado que minha expectativa. O preço acaba refletindo a produção reduzidíssima (só 1.800 garrafas) e a badalação do enólogo Thibaut Delmotte. Vale conferir também esse efeito da altitude em outras variedades populares como a Malbec e a Tannat e, claro, a típica de Salta: Torrontés (R$ 88,70).
Saurus Barrel Fermented Pinot Noir 2015 (R$188,80)
Ahhhh…o Pinot Noir da Patagônia não me decepciona! Eu conhecia a linha de entrada – Saurus Select (R$ 116,80) – mas acho que a diferença de preço super compensa o salto de qualidade para esse Barrel Fermented. Como o nome indica, a fermentação é finalizada em barricas – técnica que produz, para o meu paladar, vinhos muito mais equilibrados e harmoniosos. Os aromas a frutas vermelhas e o toque de baunilha estão lá, com camadas de complexidade, acidez e delicadeza. Meu preferido da noite, sem dúvidas! Melhor Pinot Noir nessa faixa de preços por aqui.
Wine bar e compras no coração do Itaim
A loja Decanter fica no Itaim e conta com wine bar: boa seleção de vinhos por taça e menu de comidinhas charmoso e caprichado!
Dica de compra: vale também conferir a seleção de vinhos da semana, em que a loja oferece 50% de desconto na 2a garrafa.