SV#52 – Confraria 08: Charmat x Champenoise

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Essa confraria teve comparação Charmat x Champenoise, Syrah chileno do Vale Central x Vale do Limarí, um brasileiro BBB e um Goethe tranquilo. Vamos conferir?

 

Espumante Charmat x Espumante Champenoise

A diferença no método de produção do espumante tem, claro, reflexos no produto final. Já vimos em detalhe os dois principais métodos – o Charmat e o Champenoise – no episódio 12 (confira aqui) e no programa de hoje eu faço uma breve recaptulação. O fator chave é tempo de contato com as leveduras – o famoso sur lie.

Por logística, o tempo sur lie costuma ser maior quando o método de produção é o Champenoise, já que um “Charmat longo” requer a monopolização de todo um tanque por longos períodos de tempo, onerando o processo.

Por esse maior tempo de contato com as borras, é de se esperar que os espumantes tradicionais (feitos pelo método champenoise) possuam textura mais cremosa, sejam mais complexos e com aromas predominatemente de panificação. Já os Charmat serão mais frutados, leves e frescos.

Foi extamente isso que constatamos com os 2 exemplares da noite: o Aurora Procedências Brut Pinot Noir (primeiro 100% Pinot Noir vinificado em branco no Brasil) e o Lírica Crua, da Família Hermann.

Os tranquilos da noite

Margherita, o amor de Fausto

Entre os vinhos tranquilos da noite, estava o único Goethe tranquilo que o pessoal do ProGoethe nos enviou. Aromático, fresco e despretencioso – o Margherita (nome da namorada de Fausto, do escritor alemão que dá nome à uva) da Vinícola Quarezemin foi considerado ideal para tardes de calor à beira da piscina.

Conheça mais sobre os vinhos de Goethe, os únicos com Indicação de Procedência (IP) em Santa Catarina >>

Os chilenos

O representante Charmat...
...e o Champenoise sem degorge
Contra-rótulo educativo mostrando a localização exata do vinhedo Espinal, no Vale do Limarí

Os exemplares da nossa degustação eram chilenos: dois do Vale Central (sendo um deles “disfarçado” de brazuca – o Aurora Pequenas Partilhas Notáveis da América Carmenére) e um do Vale do Limarí, da região Coquimbo, mais ao norte.

Esses dois últimos vinhos da noite eram exemplares de syrahs chilenos: o La Joya, do Vale Central e o Vetas Blancas, do Vale do Limarí na região de Coquimbo. Confira as notas de degustação no áudio do programa.

A uva syrah é originária da França e produz seus melhores exemplares no Vale do Rhône, ao sul da Borgonha. Os varietais predominam no norte do vale, enquanto o sul favorece os blends com Grenache e Mersault – lembra dos famosos blends GSM?

Veja abaixo os rótulos dos vinhos e preço médio. Confira as notas de degustação no áudio.

Conheça mais sobre os vinhos e vales do Chile neste podcast e nesta Taça.

Goethe - Vinícola Quarezemin
Carmenére chileno disfarçado de brazuca. BBB da faixa de R$50
Syrah do Vale Central. 14% de álcool e taninos médios resultam num vinho encorpado mas macio (R$91)
Os veios de calcáreo do solo (vetas blancas) se mostram neste syrah encorpado (14% abv) e elegante, mineral e com notas de especiarias

Os confrades e confreiras

Créditos e agradecimentos

  • Obrigada aos apoiadores:

                                               

  • Ao longo do programa de hoje você ouviu Summertime Sadness versão Miley Cyrus

  • Na Abertura do programa, como sempre, ouvimos Jane Monhiet e Michael Bubblé – I won´t dance

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