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Neste episódio meus convidados Leonardo Cury, Márcio Verrone e Charles Lee falam sobre os perigos do frio para as videiras e como protegê-las. De zero a 20 graus negativos!
Mar de fogo nos vinhedos
Abril de 2021 na Europa. A imagem linda romantiza um drama vivido pelos vinhateiros franceses e italianos. Geadas tardias, em plena primavera, estavam previstas.
Apesar dos esforços, estima-se que 80% da safra na Borgonha tenha sido perdida.
Julho de 2021 no Brasil. A expectativa da chegada de uma frente fria com intensidade que há décadas não se via atiçou a imaginação dos brasileiros. As lindas imagens dos vinhedos iluminados voltaram às redes. As mesmas imagens agora, supostamente, mostravam o esforço dos produtores brasileiros para salvar seus vinhedos.
Eno fake new
Só que em julho no hemisfério sul as videiras estão em hibernação. Pode gear! Pode até nevar! A videiras, como Belas Adormecidas, nem se importam. A coisa só complica se temperatura cair abaixo de 18 graus.
O especialista Leonardo Cury nos conta sobre o perigo das geadas, os tipos de geadas e as formas que os produtores têm para tentar combater seus estragos nas vinhas.
Mas e as videiras de poda invertida?
Se no ciclo tradicional no hemisfério sul as videiras hibernam em julho, qual o risco das geadas para as videiras do sudeste, que têm seu ciclo invertido?
A técnica da dupla poda possibilitou o desenvolvimento de uma produção vinícola premiada no Sudeste e Centro-Oeste. A dupla poda engana a videira, fazendo com que seus frutos possam ser colhidos no inverno (saiba mais aqui). A geada não representa risco para esses produtores?
Para responder essa pergunta, convidei Márcio Verrone, proprietário da Casa Verrone. Conheça mais sobre esse produtor aqui.
Vinhedos ultra congelados – o perigo do frio extremo
Apesar de hibernarem no inverno e, de fato, necessitarem quantidades mínimas de frio para produzirem uvas, videiras não são seres imortais. Temperaturas extremas, abaixo de 18 graus negativos, podem matá-las.
Ainda assim, regiões onde as temperaturas anualmente caem abaixo desse valor têm sido reconhecidas como produtoras de vinhos de qualidade. Como é possível?
Para esses casos produtores criativos desenvolveram uma técnica interessantíssima: enterrar as videiras! Essa técnica é utilizada em lugares como Ningxia, uma das top apelações na China. Quem nos conta sobre a China e essa técnica é Charles Lee (@jiuvinum)
Esse podcast está imperdível!
Degustação com vinhos Vinhética adiada. Confira aqui
Quem quer podcast sobre Espanha?
Como a Espanha é um dos poucos países vinhateiros de portas abertas aos brasileiros, me inspirei a fazer um podcast! Só que tem um desafio de engajamento: alcançar 150 comentários, 150 salvamentos e 150 compartilhamentos. Meta baixa, considerando o número de downloads médio dos episódios. Bóra engajar?
O post é este aqui. No momento da publicação deste episódio estávamos com 68 comentários, 51 compartilhamentos e 33 salvamentos.
Sobre os convidados
Leonardo Cury
Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC (2005), Mestrado em Produção Vegetal (Vitivinicultura) pela Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, com estágio Mestrado sanduiche Università di Bologna (2008) e Doutorado em Fitotecnia, ênfase em Fisiologia e Manejo Vegetal (Viticultura), pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (2012). Trabalhou como professor concursado na Universidade Federal do Pampa (MS) (2012) e atualmente é professor concursado (EBTT) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS, Campus Bento Gonçalves.
Márcio Verrone
Agrônomo, fundador e proprietário da vinícola Casa Verrone. Contatos: +55 19 99392-2921.
Charles Lee (李源皡)
Brasileiro de origem chinesa radicado na França, WSET 3, profissional na indústria de bebidas por 2 décadas. Admirador e estudioso de culinárias regionais chinesas, vinhos e chás. Pratos e harmonizações @jiuvinum