O termo “vinho natural” pode dizer muito ou quase nada. Como não há regulamentação a respeito (nem vou comentar a tentativa francesa, ainda está muito insipiente), virtualmente qualquer produtor pode alegar produzir vinhos naturais. E pode ser verdade ou não.

A ideia de um vinho natural veio em resposta aos vinhos de produção massificada, que podem receber uma enorme quantidade de aditivos e corretores para garantir a padronização de suas características ou a criação de características desejadas pelos mercados e que não estavam originalmente presentes.

Alguns vêem essa prática como uma maquiagem, que esconde pequenas imperfeições e pode chegar a apagar completamente a identidade de um terroir e do vinho ali produzido.

Outros vêem fermentações espontâneas e a total recusa na utilização de alguns recursos como adição de SO2 como uma forma de produzir bebidas turvas, mal cheirosas e intragáveis.

O conceito é vago e cabem pelo menos 100 tons de cinza entre os extremos. Por isso é importante conhecer a filosofia de cada produtor e entender se o “natural” dele é compatível com o seu.

No próximo dia 02 de setembro teremos a oportunidade de conversar online com uma micro produtora totalmente apaixonada pela expressão mais pura da fruta, do terroir e do tempo. Após trabalhar com grandes nomes da indústria nacional, Vanessa Medín partiu em vôo solo, abraçando seu ideal de “natural”.

São rótulos lindos e com nomes encantadores como “Guardião da Sabedoria”, “Conexão com o Universo” e “Invisível aos olhos”. Confesso ter sido difícil escolher. Queria provar todos! O jeito foi juntar a galera nesse bate-papo: cada um com seu rótulo escolhido, suas opiniões e mais os insights da criadora. Estão todos convidados, com ou sem vinho!